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Rosana

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

A DOR DA ALMA

Foi num dia claro sem nuvens que eu te vi pela primeira vez.
Era dia de primavera e as cores estavam tão puras e cheias de vida.
O sol ardia, fazendo germinar todos os desejos do meu coração;
A semente de amor que eu plantei estava cada vez mais apta a arrebentar a casca e...por fim abrir-se para enfrentar um novo mundo.
As raízes começaram a fixar no meu coração, uma a uma, sugando toda a energia que precisava pra se tornar forte e frondosa, como um lindo jequitibá rei, cheio e força e plenitude, acolhendo todos os sentimentos bons que pudessem rodear o meu coração.
Você crescia ali, protegido e amado.
Era o amor mais lindo e desejado que alguém pudesse querer.
Você fez promessas de frutos suculentos, com nobre colheita.
E eu, embarquei nesta plantação de sonhos e arava todos os dias, retirava as ervas daninhas e até conseguia afastar os insetos que poderiam corromper a fortaleza das raízes deste amor.
Você cresceu, fortaleceu e...preencheu todo o meu coração com teu doce sentimento.
O tempo passou.
Você se tornava cada vez mais importante pro meu peito, porque já estava enraizado no meu coração, sendo impossível retirá-lo sem levar meu coração contigo.
Certa manhã de verão, quando as borboletas anunciavam uma nova jornada, observei que faltava alguns frutos...
Na outra manhã, o mesmo aconteceu.
Como nosso relacionamento sempre foi sincero e aberto, sem rodeios perguntei sobre os frutos que só a mim pertenciam.
Tua resposta soou como machado no caule.
Rachou totalmente ao meio o meu coração e assim, queimou totalmente com o ácido da arrogância e fez com que esse amor se tornasse a mais triste dor da alma.
Depois disso, os frutos continuam lá, mas nunca mais eu soube do seu doce sabor.
A culpa desta dor é somente minha, porque confiei numa árvore que dava frutos saborosos, mas que poderiam deixar um triste gosto amargo em minha boca e em meu coração.

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